O FILME
A PRODUÇÃO
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E O POVO ...
A forma como o
povo – cuja independência política foi alcançada pelo ato heróico – aparece (ou
não) na diegese de Independência ou Morte indica o tipo ligação que mantém com
o herói: está ausente a maior parte do tempo e quase sempre há um personagem
responsável por falar em seu nome. Desde a primeira cena do filme, D. Pedro
recebe notícias sobre o povo amotinado, insatisfeito com a composição
ministerial e manda informar aos amotinados: “... estou pronto a fazer tudo
para o povo. Nada, porém, pelo povo”. E quando finalmente aparece nas telas, o
povo está de costas, sem rosto. O personagem enfocado é sempre aquele que se
dirige à “multidão” – na maioria das vezes, D. Pedro – enquanto partindo desta
apenas se ouve expressões incompreensíveis, sem palavras de ordem claras. Uma
multidão amorfa que apóia seu líder. Um líder impulsivo, intuitivo, que sabe o
que o povo deseja sem que esse se manifeste. (A História numa sala escura... aconstrução da memória nacional através de filmes históricos durante a ditaduracivil militar.)
HISTÓRIA CULTURAL
O CINEASTA
revistazingu.net
É UM FILME PATRIÓTICO?
filmesepicos.com
Seguindo uma direta influência dos historiadores greco-romanos e de alguns continuadores renascentistas, o tempo rápido da política e da guerra, movido pela ação de grandes líderes e generais ou por elites poderosas, e que era bem adaptado a Histórias de estados-nacionais, dominou as narrativas da História por longas décadas, já bem adentrado o século XX (e ainda não desapareceu).
A partir de meados do século XX fortaleceu-se uma tendência, que pouco a pouco predominaria (ao menos em certos países), a despersonalizar a ação transformadora e a cadenciar mais lentamente os ritmos de mudança, como forma de superar as limitações da velha história política e abrir-se para as contribuições da Sociologia, da Antropologia e da Economia e para a influência do marxismo. Povos, nações, estados, cederam um pouco o lugar no palco da História para agentes mais amplos, transnacionais, quase impessoais.
Documentário da TV Mogi News sobre a passagem do Imperador por Mogi das Cruzes
O ÍDOLO POLÍTICO – A preocupação perpétua da história política, dos fatos políticos, das guerras, etc...;
O ÍDOLO INDIVIDUAL - O hábito invertebrado de conceber a história como uma história dos indivíduos;
O ÍDOLO CRONOLÓGICO – O hábito de se perder nos estudos das origens.
( Teoria da História – Pedro Paulo A. Funari e Glaydson José da Silva. Pg. 57)
Um aspecto
importante a se considerar no ensino de História consiste em reforçar, no
aluno, a percepção de que o processo histórico não decorre apenas da ação dos heróis,
aquelas grandes personagens que figuram no panteão da pátria, e que têm, entre
outras coisas, a capacidade de produzir um sentimento de inferioridade nas
pessoas comuns, ou seja, aquelas que encontramos em praticamente todos os espaços
sociais. Desse modo, os alunos poderão reconhecer a importância da participação
política para o exercício pleno da cidadania.
Relatório
Pedagógico – SARESP 2011, História e Geografia. pg 39
COMO DOM PEDRO DE ALCÂNTARA É RETRATADO ...
- Quadro de Pedro Américo de 1888?
- Filme de 1972?
- Documentário de 2012?
FILMES NA SALA DE AULA
Veja também:
Memória da Independência
blog estadao.com
Minha História
http://www.suzano.sp.gov.br
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