Na maior cidade do País, São Paulo, o Museu Paulista, pertencente à USP, foi consagrado ao tema da Independência pelos governos da cidade e estadual, permeado pelos debates entre o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP) e letrados, no início do século XX, em uma chave republicana.
Reza uma tradição oficial, a respeito do Ato da Independência, que, nas margens do Ipiranga e após receber cartas de sua esposa D. Leopoldina e seu ministro de notável intelecto José Bonifácio, D. Pedro proclamou de espada em punho a Independência. O quadro histórico Grito do Ipiranga de Pedro Américo realizado e chumbado na parede, no último andar do Museu, justamente no alto do Ipiranga, reapresenta continuamente o ato político que funda e justifica o próprio Museu. Como se D. Pedro repetisse a todo instante o gesto fundador da nação e, por sua vez, a nação a todo o momento se autoproclamasse independente.
Reza uma tradição oficial, a respeito do Ato da Independência, que, nas margens do Ipiranga e após receber cartas de sua esposa D. Leopoldina e seu ministro de notável intelecto José Bonifácio, D. Pedro proclamou de espada em punho a Independência. O quadro histórico Grito do Ipiranga de Pedro Américo realizado e chumbado na parede, no último andar do Museu, justamente no alto do Ipiranga, reapresenta continuamente o ato político que funda e justifica o próprio Museu. Como se D. Pedro repetisse a todo instante o gesto fundador da nação e, por sua vez, a nação a todo o momento se autoproclamasse independente.
Estabelece-se aí uma tríade entre o museu, o quadro e a nação independente, por meio da reiteração deste ato fundador, e o Museu em sua materialidade reafirma isto incessantemente. Compreendido como monumento de alcance nacional sob uma ótica paulista, o Museu é visitado por ocasião do feriado de 7 de Setembro mais do que em qualquer outra data durante o ano, relata a historiadora Maria Cecília de Salles Oliveira – sua atual diretora.
Redefor, 2011
UMA IMAGEM VALE MIL PALAVRAS?
“Somente se você olha a imagem e diz ou pensa mil palavras” (William Saroyan)
"No trabalho histórico a imagem não vale por mil palavras" (Boris Kossoy)
Uma imagem vale mil palavras. Sim, e acrescenta o romancista americano William Saroyan, “somente se você olha a imagem e diz ou pensa mil palavras”. Tal frase, frequentemente repetida, poderia parecer evidente à primeira vista. É certo que para descrever e esgotar um conteúdo nem mil palavras bastariam, o conteúdo não é redutível a uma estrutura linguística. As palavras, lidas ou ouvidas, precisam, para serem entendidas, de um certo lapso de tempo.
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