27 de agosto de 2011

Memórias da Independência

     Na maior cidade do País, São Paulo, o Museu Paulista, pertencente à USP, foi consagrado ao tema da Independência pelos governos da cidade e estadual, permeado pelos debates entre o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP) e letrados, no início do século XX, em uma chave republicana.

    Reza uma tradição oficial, a respeito do Ato da Independência, que, nas margens do Ipiranga e após receber cartas de sua esposa D. Leopoldina e seu ministro de notável intelecto José Bonifácio, D. Pedro proclamou de espada em punho a Independência. O quadro histórico Grito do Ipiranga de Pedro Américo realizado e chumbado na parede, no último andar do Museu, justamente no alto do Ipiranga, reapresenta continuamente o ato político que funda e justifica  o  próprio Museu. Como se D. Pedro repetisse a todo instante o gesto fundador da nação e, por sua vez, a nação a todo o momento se autoproclamasse independente.

   Estabelece-se aí uma tríade entre o museu, o quadro e a nação independente, por meio da reiteração deste ato fundador, e o Museu em sua materialidade reafirma isto incessantemente. Compreendido como monumento de alcance nacional sob uma ótica paulista, o Museu é visitado por ocasião do feriado de 7 de Setembro mais do que em qualquer outra data durante o ano, relata a historiadora Maria Cecília de Salles Oliveira – sua atual diretora.
Redefor, 2011


UMA IMAGEM VALE MIL PALAVRAS?



Somente se você olha a imagem e diz ou pensa mil palavras” (William Saroyan)


"No trabalho histórico a imagem não vale por mil palavras" (Boris Kossoy)



Independência ou Morte, de Pedro Américo (1888)



Proclamação da Independência, de François-René Moreaux (1844)

Friedland, de Jean-Louis Ernest Meissonie (1875)

 
Uma imagem  vale mil palavras. Sim, e acrescenta o romancista americano William Saroyan, “somente se você olha a imagem e diz ou pensa mil palavras”. Tal frase, frequentemente repetida, poderia parecer evidente à primeira vista. É certo que para descrever e esgotar um conteúdo nem mil palavras bastariam, o conteúdo não é redutível a uma estrutura linguística. As palavras, lidas ou ouvidas, precisam, para serem entendidas, de um certo lapso de tempo.
Boris Kossoy





Lavalleja e o Juramento dos 33 Orientais



Veja também: 

23 de agosto de 2011

Aluna da EE Lucy Franco Kowalski participa do Fórum da Promoção da Igualdade Racial

No dia 25 de Agosto de 2011, a aluna Ariene Cassiano, da EE Profª Lucy Franco Kowalski participou do Fórum  da Promoção da Igualdade Racial, realizado no Pavilhão da Cultura Afro-brasileira -  Zumbi dos Palmares. A Ariene foi convidada pelos organizadores do evento para relatar porque escolheu o Pavilhão Zumbi dos Palmares como uma das  “Maravilhas de Suzano”. Durante apresentação da Ariene, o professor Carlos foi convidado  para falar sobre o processo da escolha do tema e como seu deu a sua participação como orientador dos discentes no concurso “As Maravilhas de Suzano”. O PCOP de História e a diretora Maria Vicentina Cunha também foram prestigiar a aluna da escola. A Sra. Helena, mãe da Ariene, estava emocionada e orgulhosa, pela filha estar representando a escola pública num fórum do município.

Sra Helena e a filha Ariene


Ariene e o professor Carlos


Diretora da escola foi prestigiar a aluna 


 Ariene e o professor Carlos


Dança Indígena no encerramento do fórum





17 de agosto de 2011

Passeio pelos bairros próximos à escola



 A primeira atividade da Reunião de Replanejamento (2011) da EE Profº Gilberto de Carvalho foi um passeio pelos bairros próximos à escola. A diretora Magali Moreira, juntamente com três monitoras (trabalham na empresa que transporta os alunos) abordaram as características socioeconômicas dos moradores, a falta de equipamentos públicos e culturais nas áreas periféricas. A  Sra. Magali chamou a atenção para o contraste social, quando o ônibus passou pelo bairro  do Sesc, com infra-estrutura adequada para os moradores daquela localidade. Os gestores informaram que o objetivo da atividade é conhecer mais um pouco a realidade dos alunos do Gilberto de Carvalho. O trajeto percorreu os bairros do Marengo, Miguel Badra, Jardim Revista e Jardim D. Benta.   Participaram do passeio os gestores, PCOP de História e o corpo docente da escola.
















Crédito fotos: Gelson Rocha


13 de agosto de 2011

DITADURA MILITAR NO BRASIL


Caro professor,


O tema da Ditadura Militar no Brasil é bastante complexo e tende a chamar a atenção de nossos alunos. Pensando nos materiais para a sua formação (e suas aulas), a equipe da Redefor de História (2011) indicou alguns filmes e documentários:


  • "PHONO 73 - o Canto de um Povo": Em 1973, a Phonogran reuniu todo seu elenco em três noites de concerto no Palácio do Anhembi, num protesto contra o Regime Militar. Dentre as imagens, há o marcante encontro de Caetano Veloso e Odair José em "Eu vou tirar você desse lugar" e as imagens da indignação de Chico Buarque e Gilberto Gil com o corte do som dos microfones durante a apresentação de "Cálice". As imagens foram gravadas no Palácio de Convenções do Parque Anhembi/São Paulo, nos dias 11, 12 e 13 de maio de 1973, mas o filme foi localizado já cortado e editado. Assista a um trecho clicando aqui.
  • "Uma noite em 67": Dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, o documentário retrata a final do III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, em 21 de outubro de 1967. Os principais prêmios eram disputados por Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil com os Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo. Resgatando imagens de arquivo, o documentário registra a explosão do Tropicalismo, a radicalização de rachas artísticos e políticos em plena Ditadura Militar e a consagração de nomes que se tornaram ídolos até hoje. Assista ao trailer clicando aqui, e acesse o site oficial aqui
  • "Vlado - 30 anos depois": João Batista de Andrade dirige este documentário sobre a trajetória de vida de Vladimir Herzog, cuja controvertida morte se deu, segundo fontes oficiais, por suicídio na prisão. Por meio de depoimentos de amigos, familiares e colegas, o filme demonstra a infância, as ideias políticas e a militância, até a posse de Herzog como Diretor de Jornalismo da TV Cultura de São Paulo, quando começa sua perseguição pelo Regime Militar. Assista ao trailer clicando aqui.
  • "Batismo de Sangue": Dirigido por Helvécio Ratton, o filme é baseado no livro de memórias escrito por Frei Betto. O Frei e outros companheiros apoiaram, durante a Ditadura, a Ação Libertadora Nacional (ALN), passando a ser vigiados pela polícia e posteriormente presos. O filme retrata de maneira explícita os episódios de tortura vivenciados pelos dominicanos, assim como sua participação em algumas ações da ALN. Assista ao trailer clicando aqui.
  • "Pra frente Brasil": Dirigido por Roberto Farias, o filme é bem conhecido, mas vale a pena revisitá-lo. A história se passa em 1970, quando o País inteiro torce e vibra com a seleção de futebol no México. Em meio a esses acontecimentos, um trabalhador de classe média é confundido com um ativista político e levado pelos agentes repressores da Ditadura. O filme foi vetado pela censura, a qual alegou que este poderia causar incitamento contra o Regime, tornando-se a primeira grande proibição política depois da Abertura.
  • Análises de letras de músicas (acompanhadas pela execução das canções) podem gerar trabalhos emocionantes em sala de aula. Além das músicas de Chico Buarque, Caetano Veloso, entre tantos outros intérpretes e escritores, indicamos a utilização, por exemplo, de Raul Seixas. A música Cowboy fora da Lei (composta por Seixas e Cláudio Roberto, em 1987) foi escrita no contexto da morte de Tancredo Neves e da Nova República ("Mamãe não quero ser prefeito, pode ser que eu seja eleito e alguém pode querer me assassinar. Oh, coitado foi tão cedo...). O exercício de análise pode gerar algumas discussões em sala.
  • Outra atividade centra-se em provocar os alunos para que pesquisem, analisem e apresentem músicas que faziam contestações políticas durante o Regime Militar brasileiro. Quem sabe, deste exercício não se produz um festival de música em sua escola!
  • O artigo Os sentidos do Golpe de 1964 nos livros didáticos de História (1970-2000): entre continuidades e descontinuidades" também traz uma importante reflexão sobre o Golpe de 64 e a construção de sentidos sobre este nos livros didáticos.
                                                                                                          Fonte: Redefor, 2011




Veja também: 

10 de agosto de 2011

Exposição: "As Maravilhas de Suzano" (2)

De 1º a 30/9/11 o Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi apresenta a  exposição fotográfica "As Maravilhas de Suzano", com trabalhos dos alunos das escolas públicas e privadas da cidade, com idade entre 12 e 17 anos, que participaram do concurso de fotografia, promovido pela Associação Cultural Suzanense (Bunkyo), com apoio da Prefeitura de Suzano, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Diretoria de Ensino - Região Suzano.
Horário: 8h às 18h.
Fonte: Agenda Cultural Suzano


Hugo Camargo -  E.E. Sebastião Pereira Vidal 


Silmara Ramos - Sesi 081


Karen Jacquelne Gonçalves - EE Ver. Antonio Valdemar Galo


Thiago Kaoro A. Takehawa - Sesi 431


 
Jéssica Teófilo - EE Profª Jussara Feitosa



Veja mais fotos aqui no blog, procure "As Maravilhas de Suzano" (1), postagem realizada no mês de Maio.


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