A pluralidade musical brasileira deve-se em larga medida, como é bem sabido, aos contatos entre povos de distintas procedências, e entre os estamentos ou classes sociais a que estiveram afetos, ocorridos ao longo dos pouco mais de cinco séculos de história do nosso “jovem” país, contatos esses que se deram em diferentes momentos, em situações que variam do confronto à aproximação, gerando um gradiente de formas em que ora sobressaem elementos de resistência das matrizes étnico-culturais ou sociais originais, ora se apresentam como hibridações mais ou menos complexas. Concorrente a esse cenário histórico-social está outro não menos importante na formação das musicalidades brasileiras, o geográfico. Um território de vastas proporções, com paisagens contrastantes – naturais, humanas, econômicas – contribui significativamente para a formação de gêneros e estilos fortemente regionalizados, subdivididos, por sua vez, em profusão de sotaques. MAIS
Indicação: Professor Rafael Carneiro
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