24 de fevereiro de 2019

Manifesto pela história


Forma por excelência de conhecimento sobre o passado, a história se encontra diante de uma questão incontornável: qual será seu futuro? Se a ideia de crise já foi mobilizada inúmeras vezes para tratar dos impasses colocados à disciplina, hoje os caminhos da reflexão atravessam o terreno daquilo que lhe é inerente, ou seja, a temporalidade. Marcada pelo “culto da urgência” e pela “tirania do instante”, segundo fórmulas recorrentes, a experiência contemporânea se manifesta a partir de uma característica marcante, a aceleração presentista, ou seja, aquela que, em vez de apressar o passo do presente rumo ao futuro, procura antecipar o porvir para o agora, provocando uma já cotidiana sensação de vertigem. O tempo que se abre hoje para a escrita da história é o tempo apressado do short-termism. E é para esse tempo que Jo Guldi e David Armitage fazem seu Manifesto pela história, que traz ainda as marcas de um tempo em que os manifestos enunciavam a existência de um espectro para, ao final, lançar um apelo conciliatório de unidade. A proposta não deixa de ser provocativa, uma vez que situa no âmbito da longue durée – adaptada às possibilidades técnicas de trato com big data – a capacidade da história de intervir no presente, oferecendo, senão lições, perspectivas abertas de futuro por meio de um olhar de longo prazo para o passado. Uma espécie de historia magistra vitae para tempos digitais, portanto, um recurso seguro ao passado da disciplina quando não se tem mais segurança sequer de que haverá um futuro para ela. (Fernando Nicolazzi)




Indicação: Elisabete, professora de História da EE Justino Marcondes Rangel



14 de fevereiro de 2019

PALESTRA: DO MUSEU PAULISTA À CIDADE DE SÃO PAULO: A PRESENÇA BANDEIRANTE NA CAPITAL PAULISTA.


Esta palestra tem como objetivo acompanhar, na cidade de São Paulo, o percursos de um personagem que condensa e articula diferentes embates, temporalidades e sentidos:o bandeirante. De encarnação da glória de São Paulo até a década de 1960, ele foi convertido mais recentemente em inimigo público por movimentos de contestação política de diversos tipos. Símbolo construído como criador e criatura de uma metrópole que ora o eleva e ora o derruba (ou as duas ações ao mesmo tempo), o bandeirante não tem seu significado dado de antemão. Para além de figura histórica do período colonial brasileiro, trata-se de uma invenção de grupos sociais de uma cidade que a própria dimensão simbólica do personagem ajuda a produzir, numa operação na qual diferentes agentes sobrepõem, cruzam, destroem e reinventam falas, atitudes e miradas, muitas vezes
contraditórias. Atentos às reelaborações locais e às tantas historicidades nele impregnadas, seguiremos algumas figurações desse personagem. 


Palestrante: Especialista Thaís Waldman

25/02, às 14h, no Auditório do Museu do Ipiranga (Av. Nazaré, 268)
Mais informações: cursosmp@usp.br ou (11) 2065-8075





13 de fevereiro de 2019

Comissão Arns é criada para defender direitos humanos no Brasil





Seminário: Questão indígena, os museus e a escola


Visando a fortalecer o estudo da questão indígena e a sua permanência nos currículos escolares, o Instituto Moreira Salles, o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP e o Memorial da Resistência de São Paulo organizam um seminário voltado ao tema. Destinado a professores do ensino básico e educadores, o evento será dividido em dois encontros, realizados das 10h às 18h. As atividades do primeiro dia (15/2) acontecerão no IMS Paulista e as do segundo (16/2), no Memorial da Resistência. O encontro é gratuito e, para participar, é preciso se inscrever até quarta-feira (13) no email questaoindigena.prof@gmail.com.







5 de fevereiro de 2019

Confira o calendário oficial da 11ª Olimpíada de História





Primeira fase
A primeira fase inicia no dia 06/05/2019 e finaliza no dia
11/05/2019.

Segunda fase
A segunda fase inicia no dia 13/05/2019 e finaliza no dia
18/05/2019.

Terceira fase
A terceira fase inicia no dia 20/05/2019 e finaliza no dia
25/05/2019.

Quarta fase
A quarta fase inicia no dia 27/05/2019 e finaliza no dia
01/06/2019.

Quinta fase
A quinta fase inicia no dia 03/06/2019 e finaliza no dia
08/06/2019.

Sexta fase
A sexta fase inicia no dia 10/06/2019 e finaliza no dia
15/06/2019.

Divulgação do nome das equipes selecionadas para a fase final presencial pela Comissão Organizadora: Dia 19/06/2019.

Grande Final presencial

Prova: Dia 17/08/2019

Cerimônia de Premiação: Dia 18/08/2019





4 de fevereiro de 2019

ORIENTAÇÕES PARA SUBSIDIAR OS PROFESSORES DE CIÊNCIAS HUMANAS NO INÍCIO DO TRABALHO DOCENTE NO ANO DE 2019



Estas orientações foram elaboradas com intuito de subsidiar os professores de Ciências Humanas no início do trabalho docente no ano de 2019, possuindo, portanto, um caráter sugestivo, com possibilidades de seleção, reelaboração e incorporações conforme realidade a ser trabalhada e experiência e autonomia do professor.

No âmbito educacional, a área de Ciências Humanas congrega disciplinas com o estatuto de valores estéticos, políticos, éticos, entre outros. Suas especificidades na leitura, interpretação e representação de mundo constituem elementos necessários para o exercício da cidadania, e podem ser considerados no momento do planejamento para o ano de 2019. MAIS




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