6 de junho de 2017

FESTA JUNINA E INDÚSTRIA CULTURAL



(...) 
As escolas continuam promovendo suas festividades de junho de acordo com a ideologia em voga nas primeiras décadas do século XX, baseada numa cultura gerada pelo predomínio urbano da economia e pelo eurocentrismo, que os estudos acadêmicos, feitos posteriormente, revelaram equivocada.

Realizando festas que expressam preconceitos e estereótipos, que os conhecimentos científicos tornaram superados, as unidades de ensino parecem não levar em conta as novas tendências educacionais como o multiculturalismo, a pluralidade cultural e o diálogo entre as culturas. Estas tendências são amplamente, agora, aceitas pela comunidade científica e até fazem parte, pelo menos nos documentos governamentais, de políticas públicas educacionais em vigor. Por outro lado, os trabalhos produzidos pelos pesquisadores, dos quais citei alguns, permitem a compreensão científica e a mudança da visão sobre a singularidade do modo de vida do caipira paulista.


Então, por que essas mudanças não ocorreram nas escolas? E por que os estabelecimentos de ensino continuam mantendo preconceitos e estereótipos que agora são adotados apenas pelo senso-comum?


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