“O mestre não diz mais: você pensará como eu ou morrerá.
Ele diz: você é livre de não pensar como eu: sua vida, seus bens, tudo você há de conservar.
Mas de hoje em diante será um estrangeiro entre nós”
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
O termo indústria cultural (em alemão Kulturindustrie) foi criado pelos filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), a fim de designar a situação da arte na sociedade capitalista industrial. (pt.wikipedia.org)
CONCEITO DE INDÚSTRIA CULTURAL
Apesar de a Indústria Cultural ser um fator primordial na formação de consciência coletiva nas sociedades massificadas, nem de longe seus produtos são artísticos. Isso porque esses produtos não mais representam um tipo de classe (superior ou inferior, dominantes e dominados), mas são exclusivamente dependentes do mercado.
Essa visão permite compreender de que forma age a Indústria Cultural. Oferecendo produtos que promovem uma satisfação compensatória e efêmera, que agrada aos indivíduos, ela impõe-se sobre estes, submetendo-os a seu monopólio e tornando-os acríticos (já que seus produtos são adquiridos consensualmente).
Camuflando as forças de classes, a Indústria Cultural apresenta-se como único poder de dominação e difusão de uma cultura de subserviência. Ela torna-se o guia que orienta os indivíduos em um mundo caótico e que por isso desativa, desarticula, qualquer revolta contra seu sistema. Isso quer dizer que a pseudo felicidade ou satisfação promovida pela Indústria Cultural acaba por desmobilizar ou impedir qualquer mobilização crítica que, de alguma forma, fora o papel principal da arte (como no Renascimento, por exemplo). Ela transforma os indivíduos em seu objeto e não permite a formação de uma autonomia consciente. Clique AQUI para ler o texto na íntegra.
Fonte: www.brasilescola.com
filosofia-rj.blogspot.com
(...) Hoje a indústria cultural assumiu o lugar da escola na formação dos indivíduos. Os alunos reproduzem no ambiente escolar os comportamentos, atitudes, valores e orientações da indústria cultural. As imagens, os produtos padronizados, a distribuição de mercadorias e os entretenimentos idiotizados invadiram a vida interior dos estudantes. Com a cultura padronizada e pasteurizada as experiência se empobreceram. A formação cultural tornou-se semiformação. Todos os comportamentos e formas de consciência são voltados à integração e adaptados à sociedade do consumo.
(...)A luta da educação contra a indústria cultural não deve ser em vão. Ela só é possível através do “Esclarecimento”. Cabe aos educadores esclarecer, iluminar, desvelar os mecanismo e estruturas da indústria cultural. Os gregos denominavam a verdade de Aletheia, cujo significado é “não-oculto”, “não-escondido”, “não-dissimulado”. Cabe a educação, portanto, expor publicamente às ideologias, os interesses de classe, à manipulação dos fatos. A educação é herdeira da ilustração, pois ela significou a saída do indivíduo de sua minoridade, da qual ele próprio é responsável. Já dizia Kant, “o indivíduo sem esclarecimento é incapaz de fazer uso do entendimento sem a condução de um outro”. A partir disso, a educação propicia o esclarecimento, uma vez que sua tarefa é explicar como as coisas são, como as coisas funcionam. O individuo educado amplia seus horizontes, alarga sua mente, desafia o que está dado e constituído. A educação é, portanto, “crítica da realidade social”, seu objetivo é expor publicamente as ideologias, os interesses de classe, as contingência, a relatividade da ordem e dos valores, a superstição, a ignorância e o despotismo. Ouse saber! “Tenha coragem de usar seu próprio entendimento” – esse deve ser o lema da educação.
Fonte: filosofonet.wordpress.com
Reflexão:
Na escola em que atua, os alunos reproduzem no ambiente escolar os comportamentos, atitudes, valores e orientações da indústria cultural?
O Poder da Indústria Cultural
www.youtube.com
Theodor Adorno
Música e Indústria Cultural
www.youtube.com
Filmes de Arte Versus Cinema Comercial
Clique no link abaixo para ouvir reportagem feita por José Gabriel Navarro, aluno da Universidade Metodista de São Paulo, para a disciplina de Documentário Radiofônico do 6º semestre do curso de Jornalismo.
Está prevista para o mês de agosto uma Orientação Técnica sobre o Programa "Cultura é Currículo." O público alvo serão os professores de Arte e História.
Você já trabalhou algum filme do programa nas suas aulas?
Para apoiar a sua prática em sala de aula foram produzidos roteiros, converse com o professor coordenador de sua escola para ter acesso a um exemplar desta publicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário