8 de março de 2014

Orientações para o Planejamento de História 2014


HISTÓRIA 

Professor (a), este texto apresenta possibilidades para apoiá-lo (a) no momento de planejar o ano letivo e não se esgota nestes apontamentos: a partir dessas sugestões e de acordo com a realidade específica de sua escola, dos anos/séries em que lecionará e a especificidade de cada turma é importante que sua experiência e conhecimento acrescente atividades, estratégias, conteúdos e referências.


O planejamento articula objetivos, propostas, conhecimentos, vontades e desejos. Quando é feito planejamento, o intuito é sistematizar um trabalho que garanta aos alunos o domínio de tudo o que está previsto no currículo. Sendo esta nossa finalidade maior, sabemos que transformar o plano em prática é uma tarefa de muitos desafios.

Para a construção de um plano de ensino realizável, é fundamental, antes de tudo, desenvolver um bom diagnóstico da aprendizagem dos alunos e a necessária adequação do currículo. A SEE entende que o planejamento não é apenas uma atividade burocrática realizada para atender às solicitações da administração escolar, mas o princípio a partir do qual se desenvolve a prática pedagógica. Portanto, não se esgota neste momento inicial, mas se estende por todo ano letivo.

Nosso trabalho parte da consideração de que o currículo é um conceito que apresenta três manifestações que se complementam, “distinguindo-se o currículo formal (ou pré-ativo ou normativo), criado pelo poder estatal, o currículo real (ou interativo), correspondente ao que efetivamente é realizado na sala de aula por professores e alunos, e o currículo oculto, constituído por ações que impõem normas e comportamentos vividos nas escolas, mas sem registros oficiais” (BITTENCOURT, 2004, p. 104).


 Reflexões sobre as adequações do currículo

Os conteúdos são meios que amparam professores e alunos no processo de desenvolvimento de capacidades, compreensão de conceitos e organização dos fenômenos sociais situando-os historicamente. De acordo com Bezerra (2005, p.38-9), “a necessária seleção de conteúdo faz parte de um conjunto formado pela preocupação com o saber escolar, com as capacidades e com as habilidades, e não pode ser trabalhada independentemente”. Assim, quando organizamos o planejamento de História para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, selecionamos conceitos, conteúdos, habilidades e competências consideradas imprescindíveis para a formação dos alunos.

Parte dessa seleção está indicada no currículo formal e consagrada em materiais didáticos de diversa natureza. No entanto, o currículo não se limita ao currículo formal, por isso um dos dados que você deve levantar junto aos documentos escolares (planos de ensino, diários de classe, avaliação final do ano letivo) é o que, efetivamente, os alunos estudaram no ano/série anterior, isto é, o currículo real. O currículo formal prevê uma série de conteúdos, habilidades e competências, mas nossa experiência aponta para o fato de que a execução não ocorre de forma homogênea em todas as escolas, anos, turmas.

É importante que você, professor(a), tenha clareza das habilidades e competências que pretende priorizar em cada atividade proposta. Cabe lembrar, que essas são desenvolvidas e mobilizadas no desenvolvimento dos temas e conteúdos propostos no currículo e não são exclusivas de uma ou outra situação de aprendizagem contidas nos Cadernos do Professor e do Aluno; elas não são pontuais, mas permeiam todas as séries/anos. Dessa forma, o diagnóstico inicial não deve priorizar se os alunos sabem conteúdos, mas se identificam diferentes fontes e sua importância para a construção da História, produzem textos articulando os conceitos, dominam as diversas linguagens e leituras. Para auxiliá-lo (a) nessa escolha, as situações de aprendizagem dos Cadernos e as Matrizes de Referência para o SARESP de História trazem indicações das habilidades e competências.

Além dos temas, conteúdos, habilidades e competências, ao longo da escolarização dos alunos, os conceito essenciais da formação histórica devem ser evidenciados: processo histórico, tempo e temporalidades históricas, sujeito histórico, cultura, historicidade e cidadania.

 As Leis 10.639/03 e 11.645/08 na sala de aula:

Para as ações das leis 10.639/03 e 11.645/08 e ratificando o reconhecimento histórico e valorização das culturas indígenas e africana, a SEE visa proporcionar um caminho à reflexão sobre posturas e práticas coletivas relacionadas à discriminação e preconceitos vivenciados. Esse momento de planejamentos pode ser voltado para a organização de ações em sala que contemplem os conteúdos pertinentes.

O (A) professor (a) é o agente que levará para a sala de aula a crítica aos preconceitos e o exercício de convívio na diferença com a construção de uma sociedade pluriétnica. Dessa forma, sugere-se que explore com seus alunos, o material sobre as temáticas existentes em suas escolas enviados por meio do Programa de Livros Sala de Leitura e outros para valorizar os conteúdos já previstos no currículo.

Presentes em praticamente em todas as séries do Ensino Fundamental e Médio, esses conteúdos podem ser potencializados com a apresentação de novos textos, imagens, notícias, informações, filmes e músicas. Além disso, a compreensão da diversidade etnicorracial, a questão das terras e direitos (indígenas e quilombolas), a presença das populações nativas na contemporaneidade, entre outras temáticas, colaboram para a formação do cidadão e enriquece o universo dos jovens, preparando-os para a convivência pacífica e respeito mútuo.

Orientações para o Planejamento de História 2014, pg. 87 - 89





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