"Temos o direito de sermos iguais quando a diferença nos inferioriza, temos o direito de sermos diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza."
Art. 26 - A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
CONFLITOS X MÍDIA
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*Linguista, filósofo e ativista político estadunidense. Professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts
O QUE A MÍDIA TEM A DIZER SOBRE OS CONFLITOS INDÍGENAS
“Falta vontade política para solucionar a questão indígena em Mato Grosso Sul”
O CIDADÃO CRÍTICO
por Renilson Rosa Ribeiro
Ao propor a formação do cidadão crítico como principal meta do ensino de História as propostas retomam presente nos currículos escolares desde 1950, ou seja, no período pós-guerra. A inovação, segundo a autora, nas propostas dos anos 1990 está na ênfase atual ao papel da História ensinada para a compreensão do sentir-se sujeito histórico e em sua contribuição para formação de um cidadão crítico. Devemos ter em mente que a preocupação com a formação deste novo conceito de sujeito histórico, no caso do Brasil, está muito influenciado pelas experiências desagradáveis vividas durante os anos de exceção (1964 e 1984) e também pelas inovações historiográficas lançadas pela historiografia francesa e britânica com novos problemas, abordagens e temáticas. Embora abra espaço para a defesa da cidadania como meta dos objetivos da disciplina, Bittencourt nota que a explicitação do conceito de cidadão que aparece nos conteúdos é limitada à cidadania política, à formação do eleitor dentro das concepções democráticas do modelo liberal (p. 21-2). A cidadania social, que abarca conceitos de igualdades, de justiça, de diferenças, de lutas e conquistas, de compromissos e de rupturas tem sido pouco explorada e explicitada pela maioria das propostas analisadas. Neste sentido, a autora sugere que se enfatize e amplie o conceito de cidadania no interior das propostas curriculares de História.
Organizado pela professora Circe Maria Fernandes Bittencourt 2ª ed. São Paulo, Contexto, 1998
Oziel Gabriel morreu na manhã de quinta-feira, 30, por graves ferimentos de arma de fogo; polícia federal e indígenas seguem na área retomada
(Foto: Reprodução / Brasil de Fato)
Indigenas embarcaram em dois aviões da FAB com ministro Gilberto Carvalho
.(Foto: Reprodução / TV Liberal)
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Indigenas rasgando a cópia de mandado de reintegração de posse de fazenda
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Inicialmente não existem “índios brasileiros”, mas, sim, centenas de povos indígenas divididos e caracterizados por culturas distintas. São grupos culturais diversos possuidores de língua, costumes e universos religiosos próprios. Daí, ser complicado falar a famigerada frase; “os índios do Brasil eram assim...”, além de ser falsa, possui o marca da intolerância. Nas palavras de Albert Memmi: “O indígena/colonizado jamais é caracterizado de maneira diferencial: só tem direito ao afogamento coletivo anônimo. (“Eles são isso...Eles são todos os mesmo)”. Esta marca do plural, utilizada indistintamente para designar os diversos povos indígenas do Brasil, termina por desumanizar e descaracterizar toda riqueza cultural destes grupos, entendidos como “’índios” e não como povos. Não se fala em povo Xavante, Guarani ou Xerente, como modos próprios de ser, mas, apenas e simplesmente, índios. Por tudo isso, deve-se evitar o termo “índios” e trabalhar com a perspectiva de povos indígenas.
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